17 fevereiro, 2010

máscaras.

Hoje que penso, tornei-me naquilo que nunca quis ser: uma nostálgica qualquer, acostumada a sofrer sempre pelas mesmas merdas, por pessoas diferentes, situações diferentes, mas a merda é sempre a mesma.
Passo a vida a dizer ao Zé para ser ele próprio, que não tem que ser um estereótipo do mundo em que ele vive, mas, no final de contas foi nisso que eu me tornei.
Dou por mim deitada na cama agarrada ao meu mp4, a ouvir as mesmas músicas de sempre. Olho á minha volta. Aquele costumava ser o meu espaço, a minha identidade (tirando a parede pintada de cor-de-rosa, que cada vez odeio mais. A minha mãe obriga-me a fazer coisas que eu não compreendo), já pouco significa para mim. As únicas coisas que não mudam são as fotografias daqueles que eu mais amo, e felizmente, esses permanecem.
Olho para o meu espelho, cheio de recortes de bandas que eu adoro, e nem nele eu me reconheço. Nunca fui simples, nunca me limitei a existir... E ultimamente essa é a única coisa que tenho feito. Como, durmo e choro. AH, e de vez em quando saio e falo com o Zé, que ultimamente também tem sido (á maneira dele) um amigo decente, quando quer. É um bocado complicado confiar em alguém quando se está enterrado, mas como ele está enterrado comigo e não passamos os dois de um par de encalhados, tass bem.
Preciso de uma lavagem ao cérebro, ou então de hibernar um mês ou dois. Quero a Leonor de volta.

« Running in circles, Coming up tails
Heads on a science apart
Nobody said it was easy
It's such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be this hard
Oh take me back to the start »

(pic by deviantArt)

13 comentários:

  1. tu é que quiseste a parede cor de rosa xDDDD

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  2. nãooooooo.. :| eu queria roxo e preto. a minha mãe é que a pintou de cor-de-rosa porque não queria o quarto escuro (?)

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  3. ó querida, que se anda a passar por aí?
    não me pareces nada um ser fotocópia dos que se espalham por aí. Pareces-me mais, e eu raramente me engano, acredita. toca a levantar dessa energia escura, encanta. Sei que és capaz.

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  4. Só tenho 3 coisas a dizer:

    Primeira - É sempre bom começar a ler, ver o o meu nome e pensar "Holly shit, apareço na net, sem ser em sites de carácter sexual, ou em sites de gente procurada por delitos!". Mas afinal, palavras mais tarde, sim as palavras medem o tempo, um profunda pode preencher um dia, tal como uma sequinha o pode tornar mais longo e infindável (se é que isso existe), vejo que era só mais do mesmo. Eu estou encalhado, sim. Estou. E depois? Vive sempre assim, e nunca me caiu um bocado (que é o que me diz a minha mãe, quando diz que comia alface com a minha idade, e está inteira -.-). O mundo está aí.

    Segunda - Um reparo à tua escrita, NUNCA deves escrever "Zé" e "decente" na mesma frase.

    Quarta (ou terceira, para quem está a contar)- Bela música 8)

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  5. é assim, eu a escrever coisas do mais fofas p ti e ainda resmungas zé ? indecente..
    (LOL, mais contente?)

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  6. I'm happy. Só estava habituado a escrever pseudo-piadas nos testes de Filosofia. :P


    Leonor, http://www.caoazul.com/loja/images/euamovoce.gif

    ;)

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  7. Haja alguém que me compreenda, rapariga.
    Gostavas de ir para onde?

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  8. adorei! mas habitua.te amor, a vida é uma m*rda por isso ha k se conformar, a diferença é k umas vezes é mais , outras menos merdosa ;)

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  9. bom, muito boom:*
    é verdade, a vida consegue atirar-nos areia suficiente aos olhos para não conseguirmos sair da mesma situação que nem sequer queremos estar.
    gostei muito!

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  10. Olha que eu, com a idade que tenho, vi-me grega para convencer a minha mãe a pintar o meu quarto de beringela! Achava muito escuro.. MAS CONSEGUI.

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  11. De uma maneira ou de outra nunca nos transformamos naquilo que um dia sonhamos, quisemos...idealizamos. Os dias, os erros,as escolhas, as decisões, os outros, os sentimentos, a relativiade de tudo...puxa-nos, empurra-nos e molda-nos como plasticina, e nós nem nos apercebemos...

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