30 dezembro, 2009

« Como sabes eu vivo de relâmpagos. Contigo partilhei uma trovoada um pouco mais longa do que o habitual. Foi apenas isso. De qualquer modo, a morte espreita sobre todos os prazeres dessa cronologia a que nos agarramos para escapar ao tempo. O que somos para além do que vamos sendo? O meu além eras tu - íman da minha íntima, impessoal temporalidade. Redenção dos males que
me amputaram. Tu. (...) Feliz por estar ao teu lado outra vez. Ao lado dessa que já estava morta um bom par de anos antes de tu morreres. Fazes-me falta. Mas a vida não é mais do que uma sucessão de faltas que nos animam. A tua morte alivia-me do medo de morrer. Contigo fora de jogo, diminui o interesse da parada. E se tu morreste, também eu serei capaz de morrer, sem que as ondas nem o céu nem o silêncio se transtornem. Cair em ti, cada vez mais longe da mísera ficção de mim. »

Só preciso do teu nome para resumir um ano inteiro.


3 comentários:

  1. Ninore, a tua amizade e a da Piscaa não tem explicação! Gosto muito de ver a forma como voces se entendem. Acho que ela ainda é mais tua praia :)
    Beijinhoos

    ResponderEliminar
  2. o que importa é estarmos perto de quem mais nos faz sentir especiais!

    jocas

    ResponderEliminar
  3. «Sem os afetos que o teu mundo ainda te nega
    Eu sinto obrigação de te mostrar que vale a pena
    Brilhar por um sorriso, pela coisa mais pequena
    Seja quando já estas bem ou quando choras num telefonema
    Que eu acredito no teu brilho e em tudo o que fazes
    Eu só te tento motivar a brilhar sem que apagues
    Só quero isso mesmo quando tu te vais
    Porque eu acredito ,e sei, que consegues brilhar ainda mais.»

    ResponderEliminar